quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PATRIMÓNIO E MEMÓRIA DA ILHA DE LUANDA


Para o trabalho de Arte e Sociedade do Património Natural escolhi a Ilha de Luanda, porque é um dos melhores encantos de Luanda.
A Ilha de Luanda é um dos melhores recantos da cidade. Remonta aos tempos anteriores a 1575, quando o navegador Português Paulo Dias de Novais se instala na Ilha. É formada por uma faixa arenosa baixa formada pela sedimentação de areias com distritos orgânicos de origem vegetal e animal. Teve enorme importante na recolha do Zimbo, as conchas que eram moeda de troca do rei do Congo antes da chegada dos Portugueses.
A ilha é constituída por uma "língua" de terra que abraça a Baia de Luanda. Estão ali os melhores restaurantes e clubes nocturnos. É também o melhor sítio para estar na praia caso não se queira sair da cidade.
A água chega geladíssima, não importa o quão escaldante esteja o sol. Como a ilha só tem praticamente uma rua, todos os bares dão direito para a areia, o que ajudaria a criar uma segregação entre locais e estrangeiros. Apesar da sensação incómoda de entrada de serviço, não há por parte dos bares qualquer tentativa de exclusão. Os angolanos entram nas faixas dos bares tranquilamente, e se misturam com os gringos até torná-los o que são de verdade: minoria.
Não me parece haver nenhuma tensão implícita nesse convívio: os angolanos são muito agradáveis, mesmo com os tugas (portugueses), e a ilha é um dos raros lugares onde se pode tirar fotos das pessoas sem muita resistência – o único risco é um pedido amigável de gasosa por uma boa pose mas, na maioria dos casos, eles pedem que se volte à praia com uma cópia impressa.
Só uma das costas da ilha é própria para o banho. A faixa de água que separa a ilha do continente, a Baía de Luanda, é muito poluída. Locais e colegas brasileiros garantem: encostou os pés ali, pegou cólera. Apesar disso, a Baía forma o principal cartão postal da cidade, moldura dos prédios que se erguem na avenida Marginal, alguns coloniais e outros com aquela cara de "moderno nos anos 50", com charme de antigo arranha-céu.
Texto adaptado de:
http://angola.fotosblogue.com/27502/A-Ilha-de-Luanda/
http://ilhaluanda.no.sapo.pt/
http://angoladrops.blogspot.com/2009/01/ilha-de-luanda.html


Ficava muito encantada, quando visitava a Ilha, porque gostava de fazer piquenique na praia e de apreciar o encanto daqueles coqueiros onde às vezes eu subia para tirar cocos. De noite eu via tudo a brilhar, até as águas do mar com a luz do luar, acompanhado pelo barulho das ondas. Também apreciava ver os turistas que entravam e saíam, uns para comprar artesanato e outros para relaxar depois de um dia de trabalho. O povo da ilha saia para pescar, ou para conviver, outros iam nadar e andar de barco. Gostava de ir às lanchonetes comer pinchos (que em Portugal são as espetadas), o mufete, que é peixe grelhado acompanhado de mandioca, banana pão, batata-doce, feijão de óleo de palma e também o funge de calulú ou de muamba.

Esse património natural é muito importante porque é um local onde encontro pessoas de várias nacionalidades que vão fazer turismo. Essas pessoas têm oportunidade de conhecer a nossa cultura através do artesanato ou, por exemplo, das bebidas nacionais assim como maruvo, quissangua, kapuka ou kimbombo. Acho por bem incentivar as pessoas para que possamos ter esse lugar sempre limpo e conservado sem estragar nada, para o bem de todos. E para que isso aconteça tenho que sensibilizar alguns moradores para organizarmos um grupo de pessoas para fazer uma limpeza, semanalmente ou diariamente, para que não haja poluição na água ou sujidade na área do mar. Isto porque este espaço faz parte da memória vivencial de todos os que lá vivem ou por lá passam